sábado, 1 de novembro de 2014

Elétrica e chicotes

Bom dia!

Bom pessoal, apesar de o post passado ter sido sobre a preparação do motor, os possíveis rumos das novas peças, novas oficinas e muitas coisas a serem definidas esse muda um pouco o foco.

Eis que um fato interessante me veio à cabeça. Uma picape com a mecânica montada sem elétrica não anda. Nem uma picape com a elétrica feita sem módulos e a injeção montada. Algo quase Newtoniano. 

Assim, com as peças de injeção praticamente completas, pendendo os sensores e módulo (a parte mais cara a ser adquirida) seria indiferente fazer um ou outro primeiro neste momento, a picape não iria andar. Contudo, num estágio posterior, a elétrica precisaria vir antes da injeção.

Quem fará a elétrica? De maneira muito caprichada e confiável, afinal, parar no meio da estrada por causa de uma falha elétrica, num carro que teoricamente não tem chance disso, afinal a elétrica foi feita do zero absoluto, com componentes novos e tem tudo para ser quase imune a falha por muito tempo.

Chicotes bem dimensionados, caixa de fusíveis nova, fios protegidos, conexões bem feitas. Tudo novo, do zero. Começar com materiais usados, como a caixa de fusíveis ou ainda o maior pesadelo, fio emendados, era algo de dar medo tanto quanto "O exorcista" nos anos 70. Logo, lá vamos nós atrás de gente bem recomendada.

Em Bagé, o Guilherme não recomendou ninguém. Em Santa Maria temos algumas pessoas de renome, mas sem garantia de qualidade e ainda por cima preciso levar ela a Santa Maria e depois a Porto Alegre, pois acabamento e preparação serão nesta.

Logo seria mais lógico e fácil levar direto a Porto Alegre e fazer tudo lá. Mas quem? Várias indicações e as oficinas foram ficando cada vez menores e cada vez mais "fulanos" ou "beltranos" que "sabem muito de carro velho" fazem esse tipo de serviço. Ao falar "carro velho" já perdeu toda a credibilidade. 

Como controlar o que está sendo feito? Como ter contato e atualização constante? Como ter um diagrama elétrico completo para depois poder saber o que foi feito e achar as falhas? Como ter a garantia do material usado?

Assim, isso estava ficando cada vez mais triste. Em geral auto elétricas não queriam pegar "porque é muito trabalho, é muito difícil e toma espaço da oficina". A minha visão cada vez mais convergia para um cenário: cair na mão de um grande centro auto elétrico e ser "assaltado" para fazer um serviço que não ia ser como eu queria e na parte que mais tenho receio. É quase ridículo como as pessoas tem medo de trabalho, não sendo solícitas de ao menos desenvolver idéias, orçamentos e afins. Só trabalhos rápidos e fáceis, afinal por que pegar um serviço complexo e desafiador se é possível sobreviver trocando fusíveis, instalando kits prontos de trio elétrico e rádios? 

Ao começar a pensar diferente, lembrei que existiam alguns kits de "caixa de fusível+chicote" prontos a venda. Tanto aqui como nos EUA, afinal um dos livros que comprei exatamente pensando nisso tinha sido o abaixo:
Uma leitura obrigatória. E que não é disponível no Brasil sob nenhuma forma.

Então, ao saber disso comecei a pesquisa por kit completos que minimizariam a chance de algo acontecer errado. Simplesmente comprar tudo pronto, fazendo o instalador inventar o mínimo possível, sem experiências, sem alterações, sem adaptações.

Não devo negar que tenho duas vontades: uma é fazer eu mesmo. Pegar o livro e fazer sozinho. Ler algumas vezes e pegar o manual do produto comprado e fazer. Se ficar ruim pelo menos eu sei quem fez a burrada. Ou chamar algum eletricista e ficar sentado olhando o cara trabalhar e, após ter lido o livro algumas vezes, poder supervisionar o trabalho e ter certeza que não sairão gambiarras.

Após pesquisa de preço, pesquisa de satisfação e de disponibilidade, optei pela nacional 12volt boost, do Eng. Wladimir. Preço razoável, acabamento muito bom, em cor semelhante à carroceria para camuflar a caixa de fusíveis no apertado interior da Stude.

Chicote muito completo, padrão internacional de cores, fios que parecem ser de boa qualidade e bem dimensionados. Agora é ter a certeza que as junções, conexões, terminais, relés e etc serão de qualidade e sejam bem executados.

Muito material, muitos fios e trabalho facilitado para o instalador.

Agora a minha idéia é que a Stude saia de Bagé com a elétrica toda no lugar. Alternador testado, lâmpadas, lanternas, faróis no lugar e testados. Contudo, como ainda há som a ser instalado, e o mesmo possivelmente será instalado em Porto Alegre, seria muito bom uma pessoa só fazer este trabalho todo, que irá incluir os vidros elétricos, travas elétricas, alarmes e demais acessórios elétricos. Apenas ter o cuidado de no que for necessário usar o mesmo tecido do acabamento e deixar esperas de cabos para o que precisar do console pronto. Mas ainda pesquisando, pois muita coisa pode acontecer, muita coisa pode mudar. 

Assim ela vai direto para a oficina de preparação e terá o final do motor montado e estará pronta para o novo calvário.

Subir as escadas dos níveis de potência.

Multiplicar cavalos assim e duplicar rendimento. 

Tal qual a lógica matemática do DKW F89, com seus 3=6, os 160cv=320cv são algo a ser perseguidos.

Como, quando, onde, por quem, quanto, ainda a serem definidos, pois tenho tempo e preciso de alguém confiável, afinal errar no acerto pode significar a chance de bielas tentarem fazer abdominais ou de pistões tentarem salto em distância, querendo ver a luz do dia pela janela das válvulas.

Mas o o que já está bem definido e o por que também. Studebaker biturbo e ser uma fonte exclusiva de diversão, prazer ao dirigir e ainda posar ao lado das colegas F1, F75, F100, Marta Rocha e etc nos encontros da vida.

Forte abraço!

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