quarta-feira, 9 de julho de 2014

EXTRA: opinião sobre Fluence 1.6 16V manual

Bom dia pessoal!

Um post extra nessa fase de férias.

Como estou de férias resolvi alugar um Fluence, pelo conforto, pela curiosidade de saber como é dirigir um Renault da "nova safra" (visto que tive um Mégane 2001 RXE) e pela capacidade elevada de bagagem.

Aluguei o Fluence achando que teria um carro 2.0 com câmbio de 6 marchas. A primeira estranheza veio com o câmbio de 5 marchas. Double check nos documentos e lá estava, um legítimo 1.6 com 115cv no álcool e 107 cv na gasolina.

Passada a leve decepção inicial, vamos avaliar o que este Renault oferece. Primeira visão: um carro  muito amplo, porta malas gigante, bancos com acabamento bom (considerando que é a versão de entrada), design externo é bonito e correto. Absolutamente nada ousado, mas elegante.



Acabamento: é um tradicional Renault, com plásticos duros e com aparência de serem duradouros e honestos. Neste ponto, vitória do meu Fiat Bravo, com plásticos mais macios e lisos ao toque, portas mais bem acabadas.

Bancos: posição de dirigir mais facilmente acertada no Fluence e conforto no ponto. Empate com o Bravo. Posições diferentes e bancos diferentes, mas ambos muito bons.

Câmbio: marca registrada na Renault, câmbio seco e um pouco duro. Também a balançada da alavanca ao retirar o pé do acelerador ou acelerar novamente. Um ponto positivo é que o Renault não precisa de trava na marcha ré, só movimentar a alavanca para baixo da 5°. Absolutamente igual ao meu RXE, com exceção da marcha ré. Ponto para a Fiat com os engates mais macios e precisos.

Direção: levíssima em baixa, precisa em alta, respostas rápidas e sem sustos. Neste ponto equilíbrio com o Bravo. Empate.

Suspensão: mais macia, como convém a carro familiar e confortável. Sem surpresas em curvas apesar da rolagem um pouco maior. Considero empate pois cada está adequado a sua proposta.

Consumo: neste ponto me parece vitória do Renault, sendo teimoso em mostrar sempre acima de 10 km/l mesmo na cidade. A média geral estava 8.9 km/l no trânsito de Porto Alegre, com ar ligado 50% do tempo. Gasolina no tanque. Ao partir para a estrada, na casa dos 100 a 110, de novo boa surpresa, indicações consistentes de 13 km/l, sempre com ar ligado. Motor menor, menor consumo? Nem sempre..... então considero vitória do Renault, pois meu Fiat é um tanto gastão na estrada, não só culpa do motor, mas principalmente do peso, 1350 kg

Motor: uma excelente surpresa. Motor pequeno e disposto. Sobe de giro fácil. Vibra um pouco na casa das 4000 em diante, poderia quem sabe ser estudado pela Renault. Na estrada, simplesmente maravilhoso, moto muito valente e muito disposto, sempre pronto para briga e não negou fogo em nenhuma ultrapassagem. Use a inteligência e a 4° marcha e ele reponderá viva e prontamente. Muito agradável e me surpreendeu. Não senti falta do E torq, na verdade achei ele com respostas mais vivas, possivelmente por causa do acelerador melhor programado (ponto fraco do E torq, o acelerador pensa muito antes de agir e há um buraco nas mudanças bruscas de carga). Vitória do Renault.

Multimídia: demorei a acostumar com a multimídia do Renault, com visor ao centro do painel e rádio pessimamente localizado à frente da alavanca de câmbio. Acesso ruim e muito baixo. Tem bluetooth e comandos num satélite do volante. Funciona, mas muito confuso e pouco prático. Vitória da Fiat fácil.

Outros bons detalhes foram o excelente painel com fundo branco (gostei mais e achei mais leve que o laranja da Fiat), visibilidade dos retrovisores externos, espaço para pequenos objetos, faróis ótimos.

Pontos negativos: falta faixa degradê no para brisa, porta malas com dobradiças pescoço de ganço (no lugar das perfeitas pantográficas do Mégane), aparência um pouco pobre mesmo para uma versão de entrada, volante não regula em distância, apenas altura, vidro traseiro estreito e com visão limitada, faltam as 5 piscadas na seta ao dar apenas um toque, buzina apenas nas laterais do volante.

Um ponto a notar, o cheiro do carro é exatamente igual ao do meu RXE. Quem sabe é uma das marcas da Renault.

Por fim, um Renault tradicional, nos pontos positivos e negativos. Um excelente carro, a guardar minha simpatia com a marca. Design de "tiozão", mas eu passei a considerar um certamente, ainda mais se for na versão GT.

Que venha 2015 com o Fluence GT dupla embragem....

Abraços,

NZL

PS: Fotos mais a noite.....

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